
De acordo com levantamento do Sebrae Nacional, até abril de 2025, o Brasil registrou um crescimento de 28,1% na criação de novos Microempreendedores Individuais (MEI), quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
A pesquisa ainda detalha que, até abril deste ano, 411.659 empresas foram abertas no Brasil, sendo 397.655 delas classificadas como pequenos negócios, o que corresponde a 96,6%.
Em janeiro de 2025, o país tinha 567.824 empreendimentos desse porte. Chegando no mês de abril, este número aumentou para 1.806.006. Todos esses negócios estão divididos em 77,4% de MEI, 18,6% de microempresa (ME) e 4% empresas de pequeno porte (EPP).
Carlos Átila, presidente do Sescap-Ce, comenta que é bom ver a regularização de empreendedores e autônomos que operavam sem a devida formalização. Porém, detalha que isso demonstra uma curva da mudança de modalidade de prestação de serviços de pessoas físicas, que deixam de operar em regime CLT para trabalhar na modalidade de contratação por meio de uma PJ. “Esse processo é chamado de ‘Pjotização’, e está relacionado com os custos inerentes a uma contratação via carteira assinada. No entanto, isso acompanha uma redução nos benefícios sociais ofertados para aqueles que decidem trocar de modalidade, pois não possuem tantas garantias como a Celetista traz, revelando a necessidade da modernização regulatória por parte do governo e modernizar as relações trabalhistas para ajustar ao que hoje é praticado na sociedade”.
Por outro lado, o levantamento também revela que o Ceará, de janeiro até abril deste ano, foi o estado que registrou o maior crescimento na criação de Micro e Pequena Empresa (MPE), no qual passou por aumento de 76,5% comparado com o mesmo período de 2024. O Estado ficou na frente de Amazonas e Alagoas, que passaram por um crescimento, respectivamente, de 28,9% e 49,7%.
Para Átila, isso expõe como mais cearenses estão seguros e entusiasmados para se tornarem empreendedores. “Esse dado deixa claro como mais da população do Estado está decidida a ter seu próprio negócio. E isso também mostra como microempreendedores se tornaram mais importantes e impactantes na economia brasileira”.